segunda-feira, 31 de outubro de 2011

What's Up????


Qual É?

Vinte e cinco anos e minha vida está imóvel
Estou tentando subir aquela grande colina de esperança
Por um destino
Eu percebi rapidamente quando soube que
Aquele mundo era feito por esta
Irmandade dos homens
Seja lá o que isso signifique

E então eu choro algumas vezes quando estou deitada na cama
Apenas para excluir tudo o que está em minha cabeça
E eu, eu estou me sentindo um pouco peculiar

E então eu acordo pela manhã e saio lá para fora
E eu tomo um fôlego profundo
E eu me elevo
E grito a plenos pulmões
O que está acontecendo?

E eu canto hey-yeah-yea-eah, eah hey yea yea
Eu disse hey! O que está acontecendo?
E eu canto hey-yeah-yea-eah, eah hey yea yea
Eu disse hey! O que está acontecendo?

E eu tento, oh meu Deus como eu tento
Eu tento o tempo todo
Nesta instituição
E eu rezo, oh meu Deus como eu rezo
Eu rezo a cada dia comum
Por uma revolução

E então eu choro algumas vezes quando estou deitada na cama
Apenas para excluir tudo o que está em minha cabeça
E eu, eu estou me sentindo um pouco peculiar

E então eu acordo pela manhã e saio lá para fora
E eu tomo um fôlego profundo
E eu me elevo
E grito a plenos pulmões
O que está acontecendo?

E eu canto hey-yeah-yea-eah, eah hey yea yea
Eu disse hey! O que está acontecendo?
E eu canto hey-yeah-yea-eah, eah hey yea yea
Eu disse hey! O que está acontecendo?

Vinte e cinco anos e minha vida está imóvel
Estou tentando subir aquela grande colina de esperança
Por um destino

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

2011 à vista. E você, já sabe qual será sua simpatia?

2010 está indo embora, mas 2011 está chegando para trazer alegria, conquistas e muita paz. Mas para reforçar todos esses desejos, existe quem prefira uma forcinha extra, apelando para costumes, crenças e simpatias. Então confira o que de mais estranho e surpreendente é possível fazer na virada do ano para se alcançar boas profecias e energias no ano novo que se aproxima.


COMIDAS QUE “DÃO SORTE”
LENTILHAS: uma colher de sopa é suficiente pra assegurar um ano inteiro de muita fartura à mesa. A origem desta supertição é italiana e foi trazida para o Brasil pelos imigrantes.
ROMÃS: para atrair dinheiro, coma sete partes, guardando as sementes na carteira.
BAGOS DE UVA: para os portugueses, comer 3, 7 ou a quantidade correspondente ao seu número da sorte garante prosperidade e fartura de alimentos. Para garantir também dinheiro, guarde as sementes na carteira ou na bolsa, até a troca do próximo Ano-Novo.
CARNE DE PORCO: deve ser o prato principal da ceia, servida à meia-noite. Como o porco fuça pra frente, garante armários cheios o ano todo. Evite o peru, que cisca para trás.
NOZES, AVELÃS, CASTANHAS E TÂMARAS: estas, trazidas para cá pelos imigrantes de origem árabe, são recomendadas para garantir fartura.

A MODA MUDA PRA DAR SORTE
CALCINHA OU CUECA NOVAS: Dão sorte no amor, porque deixam os mal-entendidos para trás. São recomendadas principalmente para quem está começando namoro, para garantir o futuro.
ROUPA BRANCA: é um hábito relativamente recente, trazido para o Brasil com a popularização das religiões africanas. O branco representa luz, pureza, bondade.
QUALQUER PEÇA AMARELA: pode ser uma peça íntima, um lenço, uma faixa ou um pequeno lacinho amarelo (que deve ficar sempre na sua bolsa). O amarelo representa o poder do ouro e, dizem, atrai dinheiro.
UMA NOTA DE DINHEIRO DENTRO DO SAPATO: os orientais dizem que a energia entra no nosso corpo pelos pés. Vai daí, o dinheiro no sapato atrai mais e mais riquezas.
LENÇÓIS NOVOS: a dica é especial para recém-casados. Dizem que os lençóis novos, na primeira noite de ano, deixam as possíveis ameaças do ano passado na máquina de lavar.

À MEIA NOITE, DEPOIS DOS ABRAÇOS, HÁ MUITO QUE FAZER
PULAR SÓ COM O PÉ DIREITO. Você estará atraindo boas coisas para a sua vida, pois, segundo a Bíblia, tudo que está à direita é bom.
JOGAR MOEDAS, da rua para dentro de casa (se você mora no térreo, por favor). Dizem que atrai riqueza para todos que moram no lugar.
DAR TRÊS PULINHOS, com uma taça de champanhe na mão, sem derramar uma gota. Depois, jogar todo o champanhe para trás, de uma vez só, sem olhar. Você deixa para trás tudo de ruim. E não se preocupe em molhar os outros: quem for atingido pelo champanhe terá sorte garantida o ano todo.
SUBIR NUM DEGRAU, numa cadeira, enfim, em qualquer coisa num nível mais alto. Diz o folclore que isso dá impulso a sua vontade de subir na vida. Comece, é claro, com o pé direito.
FAZER BARULHO: é uma forma de afugentar os maus espíritos que os povos antigos praticavam. Vale apito, batucada, bater panelas, desde que seja exatamente à meia-noite. Dizem que não há mal que resista.
ACENDER VELAS NA PRAIA ou jogar rosas nos espelhos de água, em intenção de Iemanjá. A deusa africana protege seus fiéis, com saúde, amor e dinheiro o ano todo.
Há ainda o belo costume de receber o Ano Novo com fogos de artifícios, sinos tocando e muita música, tudo à meia-noite. Enfim os desejos, pedidos, simpatias e sonhos sonhados.

SUPERSTIÇÕES
Não é bom passar o Ano Novo com os bolsos vazios.
- Comer doze uvas verdes, à meia-noite do Ano Novo, para ter dinheiro em todos os meses do ano, também é bom.
- Guardar em lugar seguro, para ninguém achar, a tampa da garrafa de "champanhe" usada na festa de Ano Novo, que tenha feito muito barulho, chama dinheiro.
- Defumar a casa, no fim do Ano e véspera do Ano Novo, com um defumador feito com carvão, xerém e açúcar, além de chamar a sorte e dinheiro, tira, também, o azar do ano velho.
- No dia de Reis (6 de janeiro), colocar três caroços de romã dentro da carteira, para ter dinheiro durante o Ano Novo.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Cianeto

O jantar começou a ser servido. A bela dama solicitou ao mordomo que trouxesse a garrafa de vinho tinto, que ela havia deixado reservada anteriormente.
Pede então que o criado sirva uma taça para seu acompanhante.
Ele pega a taça suavemente e aproxima do nariz para sentir o aroma. Sentiu um odor amargo, que lhe lembrou amêndoas.
Antes de provar a bebida, olhou por um breve instante para a dama ao seu lado e a encarou fixamente. Então encostou a borda da taça nos lábios, sentindo o toque áspero da bebida, que deslizou pela boca misturando-se com as papilas gustativas.
Conforme engoliu, sentiu a quantidade de taninos que demonstraram a maturidade das uvas ao serem colhidas. Então sentiu o gosto sedoso e suave que equilibrava a doçura, a acidez e o amargor do vinho tinto.
Satisfeita, a dama se manifestou, perguntando se ele havia gostado. Mas ele já não podia responder.  

quinta-feira, 1 de julho de 2010

sábado, 26 de junho de 2010

Alice

Mais uma tarde de sábado, sol quente, vento forte com poucas nuvens no céu e lá estava ela, trancada naquela sala em frente ao seu computador, digitando coisas sem importância e navegando por sites que naquele momento não pareciam completar a sua satisfação. Na verdade ela não queria estar ali, queria estar longe, em um lugar onde não houvesse telefone que tocasse sem parar, tecnologia ou pessoas falando descontroladas em seus ouvidos.
Estava cansada, sabia que sua vida não era mais a mesma. Muita monotonia, muito estresse, muito trabalho e nenhum amor.  
Secretária de um renomeado advogado há 6 anos, Alice já não estava satisfeita. Sua rotina se resumia a sua casa e ao trabalho, nem mesmo os amigos ligavam mais para convidá-la para sair. Sentada em frente aquele computador, olhando fixamente para a tela, onde na verdade não via nada, estava concentrada em seus pensamentos, pensando que talvez deveria fazer algo diferente, quem sabe chamar uma velha amiga para sair, ir a um café ou mesmo até uma festinha para se animar. Logo desistiu da ideia, pensou consigo mesmo que nada adiantaria, pois certamente nenhuma velha amiga ainda estaria solteira para acompanhá-la, e as festinhas sempre a deixaram constrangida e insegura demais para se divertir.
Olhou para o relógio pendurado na parede, eram quase 17h30. Desligou o computador, arrumou alguns papeis que estavam sobre a mesa e os guardou na gaveta. Olhou pela janela e viu que lá fora o sol estava mais fraco, porém o vento havia aumentado. Parecia que o tempo estava mudando e a noite talvez viesse uma chuva. Como seu carro estava na oficina, teve que se apressar para pegar o metro.
Desceu pelo elevador central, onde se encontrou com a secretária que trabalhava na sala ao lado. Não eram conhecidas íntimas, apenas se viam pelos corredores ás vezes.
Bárbara, como se chamava a secretária, era uma moça bonita, longos cabelos loiros até a metade das costas, olhos castanhos arredondados. Seu corpo não era o de uma modelo de lingeries, mas chamava a atenção dos homens pelas longas pernas grossas que exibia em saias justas que marcavam seu quadril e desciam até os joelhos.
Olhando-a, Alice pensou: talvez se mudasse seu visual, comprasse umas roupas novas, pintasse o cabelo, poderia ser que se sentisse melhor. Concentrada em seus pensamentos, não notou que Bárbara falava com ela e em um susto repentino, sentiu a moça lhe tocar no ombro.  Deu um pulo discreto e a olhou firme nos olhos. __ Desculpe, não ouvi o que você falou.
E a moça repetiu: __ Estava falando que hoje o dia estava bonito mais cedo, mas que agora parece que vai vir chuva.
__ A sim, disse Alice, parece mesmo que vamos ter chuva.
Então o elevador se abriu, e as duas saíram. Barbara olhou para Alice e pensou: ela é tão bonita, mas está assim, sempre tão distraída, quieta, parece infeliz. __ Já tem algum programa para hoje à noite? Perguntou sem pensar direito no que estava fazendo.
__ Alice assustada, disse que não, que seus planos era ir para casa, tomar um banho e assistir algum programa chato na Tv. 
Barbara balançou a cabeça, como se concordasse. Então se atreveu a convidar aquela moça que pouco conhecia para sair.
__ Bom, hoje tenho um jantar para ir , é na casa do meu primo. Já que você não tem um programa especial para fazer, talvez gostaria de ir comigo.
Alice olhou séria e pensou se deveria aceitar. A final, não conhecia Barbara direito, poderia ser arriscado. Então pensou em sua casa, vazia, escura e solitária. Não tinha a menor vontade de voltar para lá, queria na verdade fazer coisas diferentes, conhecer pessoas diferentes. Então sem pensar em mais nada, disse que sim, que aceitava o convite.
As duas seguiram até a rua. Barbara disse que passaria para buscá-la  ás 20 horas. Alice tirou um bloco de anotações da bolsa e uma caneta.
__ Tome, aqui está meu endereço e telefone.
__ Ok, disse Barbara. Passo na sua casa, não é muito longe da minha.
Elas se olharam, como se soubessem que tudo aquilo era muito estranho, mas nem uma nem a outra pronunciou qualquer outra palavra, além de até logo. 

Continua...

O que é uma relação

E como então é estranho, de amigos nos tornarmos namorados, de namorados nos tornarmos amantes e de amantes. Duas pessoas companheiras, íntimas, que se amam, que se completam, que se querem bem o tempo todo. Mas como todo bom casal, temos inseguranças.  Inseguranças que penso eu, serem normais, pois a vida é sempre assim, uma incógnita. Nunca temos a certeza do que queremos, o que fazemos é deixar as coisas acontecerem, a vida seguir o seu fluxo natural.
Brigas, essas sempre vão existir. Elas são tão necessárias quanto o amor, a paciência e a fidelidade. Sem essas particularidades e individualidades, uma relação não é perfeita, ou talvez, não seja como deve ser, o suficiente para se chegar a simples felicidade.
Estamos passando por um momento diferente de todos que já vivemos. Acredito que seja mais uma fase que teremos que ter paciência para ultrapassar, sem assim levar conosco farpas e espinhos. 

terça-feira, 22 de junho de 2010

Fixe seus olhos no texto abaixo e deixe que a sua mente leia corretamente o que está escrito.

 35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! 
NO COM3ÇO 35T4V4 M310 OMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R 
B3M ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! 
P4R4BÉN5!

Só um lembrete do Mário Quintana ...

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já passaram-se 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio...
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.
Desta forma, eu digo: Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo, a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

SARAMAGO


Um descanso no caminho

Por Fundação José Saramago


O viajante está feliz. Nunca na vida teve tão pouca pressa. Senta-se na beira de um destes túmulos, afaga com as pontas dos dedos a superfície da água, tão fria e tão viva, e, por um momento, acredita que vai decifrar todos os segredos do mundo. É uma ilusão que o assalta de longe em longe, não lho levem a mal.

In Viagem a Portugal, Ed. Caminho, 21.ª ed., p. 137
(Selecção de Diego Mesa)

terça-feira, 15 de junho de 2010

Amantes por livros

Costumava frequentar a biblioteca pública todas as tardes de quinta-feira. Chegava, escolhia um livro e me sentava em uma das últimas mesas entre as prateleiras no fim da sala.
Não lembro porque, naquela tarde de uma segunda-feira, em que chovia muito e eu não tinha nada para fazer, resolvi ir à biblioteca.
Cheguei e segui minha rotina. Peguei um livro e me sentei em uma das últimas mesas entre as prateleiras no fim da sala.
Folhei o livro, li algumas linhas, quando escutei um gemido, como se fosse o barulho de alguém que estava intensificado de prazer. Levantei-me e guiado pelo barulho eu a vi, sentada no chão, entre duas prateleiras com um pequeno livro entre as pernas. Me aproximei, perguntei se ela estava bem. Envergonhada, disse baixinho sem me olhar, que sim.
Sentei-me ao seu lado. Logo senti que o chão estava frio. Perguntei o que ela estava lendo. Era um livro da escritora Hilda Hilst.
Ela me olhou profundamente e disse: _ gosto de vir à biblioteca para ler esses livros, eles me excitam.
Eu disse que não os conhecia, mas que estava interessado em conhecer.
Ela se propôs a me mostrar e passamos o que sobrou da tarde, sentados ao chão frio.
Na saída, quando a chuva já havia parado e um pequeno sol parecia que se punha atrás daqueles longos prédios, combinamos de nos encontrar novamente.
Na outra semana, cheguei muito entusiasmado na biblioteca. E lá estava ela, me esperando. Me aproximei lentamente, nossos olhos se encontravam fixos um ao outro. Mais perto, ela sorriu. Tinha um sorriso largo, com dentes brancos e de tamanhos paralelos. Encantador, sem dúvida.
Sentei me ao seu lado, e ela disse: _ pronto para mais uma leitura excitante?
Foram muitos meses de encontro. Passamos a frequentar a biblioteca semanalmente, todas as segundas, lendo e sentido o cheiro daqueles livros que nos deixavam extremamente excitados.
Em uma das muitas segundas de nossos encontros, ao terminarmos nossa rotina de leitura e prazer, na saída ela me perguntou se não queria tomar um café em sua casa. Um pouco surpreso com o convite, eu aceitei.  
Fomos até seu apartamento. Um lugar muito bonito, de frente para uma praça cheia de árvores. Ao subirmos pelo elevador, ela passou por mim, abriu a porta e esperou que eu entrasse. Em seguida ela bateu a porta e passou as chaves.
Perguntei assustado: _ não há ninguém em casa? _ Não, disse ela, me olhando profundamente como sempre fazia.
Sentei-me no sofá e ela seguiu para o quarto. Alguns minutos depois, ela gritou lá de dentro para que eu entrasse. Totalmente sem jeito com aquela situação, fui até ela.
Quando entrei, a vi deitada totalmente nua sobre a cama. Com toda delicadeza, e uma voz sussurrante, ela disse: _ agora vamos por em prática tudo o que aprendemos com as nossas leituras.
Aquele foi o melhor final de tarde que já tive. Muito melhor do que havia imaginado nas tardes que passamos juntos na biblioteca.
Depois daquele dia, nos tornamos verdadeiros amantes. Excitados pelos livros e um pelo outro. 

E hoje é um grande dia para os brasileiros. É o dia do primeiro jogo da seleção na copa. O Brasil todo deve parar e torcer pelos meninos que enfrentarão a Coréia. Boa sorte para todos. Brasil rumo ao Hexa!!!!!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Ó doce, terceira idade

     Vida louca, vidaaa.... Eis que já dizia Cazuza, como essa vida é louca mesmo. Um dia você tem 15 anos e a sua única preocupação é que você saiu de casa e não lavou a louça do almoço que sua mãe mandou. No outro, você está formado na faculdade, arruma um emprego que você percebe que não é nada daquilo que você imaginava, e pior de tudo, você não virou aquela cantora de sucesso, ou aquela atriz global que você tanto sonhou.
    Pena mesmo, mas crescer é isso ai. Ninguém escolhe na real o que vai fazer. Não há como programar. Um dia você está em alta, no outro, todos estão por cima de você. E não leve essa frase pelo lado erótico, por favor.
    Por isso que eu digo. Mesmo ganhando um mísero salarinho de aposentado, essa é e ainda deve ser a melhor fase da vida. O que pode se querer mais? Dançar, dormir, comer, amar e nada mais. Essa sim, ainda acho que é a vida que eu quis.
   Claro que, há muitas coisas que já não se pode fazer nessa fase. Mas fazer o que, nem tudo é perfeito, o negócio é deixar a vida nos levar. 

Carlos

E assim como chegou, ele partiu. No silêncio de um mistério, na busca por um lar, que ele mesmo não desejava mais encontrar.
Há 13 anos, quando Carlos deixou sua família na Argentina, para se aventurar mundo a fora, certamente não pensava em encontrar tudo o que encontrou, e tudo o que não o permitiria nunca mais ao seu velho lar voltar.
Agora, para quem passa naquele velho e frio ponto de ônibus, não mais o verá ali deitado, ao lado de suas coisas simples, ganhas pela caridade de alguns. O que verão, é apenas um ponto de ônibus, agora vazio.
O mendigo, como todos na pequena e pacata cidade ao noroeste do Estado de Santa Catarina, se acostumaram a chamá-lo, partiu, sem mais uma vez deixar rastros. Foi-se da mesma forma que chegou, como uma brisa de inverno, deixando somente a dúvida: quem seria de verdade, um mendigo, um andarilho, ou talvez um detetive espião, que estava a investigar um caso policial, que em breve todos verão nos noticiários.

terça-feira, 8 de junho de 2010

E foi assim...

   Esta semana eu comecei uma nova fase de mim. Aconteceu algo, que eu mesma articulei e provoquei para acontecer. Não perguntes até quando tudo vai durar, ou seu eu tenho certeza que é isso mesmo que eu quero. Apenas tenho noção, que o que está feito, agora está feito. Se há uma chance de voltar atrás, não é a mim que isso cabe. 
   Mas afinal, eu sei que tenho uma chance de recomeçar, mesmo sabendo que será um recomeço difícil, pois as lembranças ficam perturbando o tempo todo, e as noites são longas e difíceis para conseguir pegar no sono. Os amigos?. Bom, esses eu os perdi já faz algum tempo e agora só me resta uma família, a quem tento me apegar cada dia mais. 
  No momento não está sendo tão horrível quanto foi da última vez. Pode ser que ainda não voltei a minha realidade, mas pode ser, que é assim que é para ser, e talvez, seja Deus que está me protegendo e não deixando a minha mente autodestruidora tomar conta de mim.
  Não vou negar que não fui feliz, pois estaria mentindo. Mas também não vou mentir que tudo estava bem. Pois eu queria mais, e não estava no momento encontrando. Então veio uma força que me encorajou e eu nem mesmo chorei ou me desesperei, fiquei forte, como nunca achei que pudesse ser, e em menos de 2 horas talvez, tudo terminou. E eu vi um rosto que parecia estar triste, mas não tenho certeza se era tristeza ou culpa. Não deixei o dono desse rosto nem mesmo abraçar, acho que fiquei com medo de ser enfraquecida. 
  Só sei que agora eu tento jogar os meus pensamentos para outros campos, longe de lembranças ou emoções. Nesta nova fase não terá espaço para o amor, apenas, para mim e somente a mim. 

quarta-feira, 12 de maio de 2010

A Dica

Onde e como passar perfume sem exagerar
1) Não se deve aplicar o perfume em roupas: o odor do tecido se mistura ao da fragrância, alterando o resultado — além de haver o risco de manchar a peça.
2) Jamais aplique um perfume antes de exposição ao sol, pois se trata de um produto químico que pode agir como sensibilizante — e provocar manchas na pele.
3) Não misture perfume com desodorantes, cremes ou loções com cheiro diferente.
4) Caso a pele fique irritada com a aplicação de um perfume, é melhor deixá-lo de lado. A reação indica alergia à fragrância ou a algum de seus componentes.
5) Fuja das fragrâncias muito fortes, que provavelmente incomodarão as outras pessoas, podendo causar até dor de cabeça e enjôo.
6) Vale colocar um pouco de perfume na palma das mãos e espalhar fugazmente pelo corpo. Também vale perfumar o rosto: o aroma ficará em contato direto com o olfato do parceiro na hora do romance. Aliás, dizem que uma mulher deve passar perfume onde gostaria de ser beijada. Afinal, em matéria de sedução, o perfume é um poderoso aliado.
 

Fonte: http://colunas.epoca.globo.com/mulher7por7/2010/05/12/saiba-como-usar-um-perfume-e-o-que-esta-na-moda-neste-inverno/

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Como pedir uma pizza em 2015

Telefonista: Pizza Hot, boa noite!
Cliente: Boa noite! Quero encomendar pizzas... 
Telefonista: Pode me dar o seu NIDN?
Cliente: Sim, o meu número de identificação nacional é 6102-1993-8456-54632107. 
Telefonista: Obrigada, Sr.Lacerda. Seu endereço é Avenida Paes de Barros, 1988 ap. 5 B, e o número de seu  telefone é 5494-2366, certo?   O telefone do seu escritório da  Lincoln Seguros é o 5745-2302 e o seu celular é 9266-2566.
Cliente: Como você conseguiu essas informações todas?
Telefonista: Nós estamos ligados em rede ao Grande Sistema Central. 
Cliente:  Ah, sim, é verdade! Eu queria encomendar duas pizzas, uma de quatro queijos e outra de calabresa...
Telefonista:
 Talvez não seja uma boa idéia...
Cliente:
 O quê?
Telefonista: Consta na  sua ficha médica que o Senhor sofre de hipertensão e tem a taxa de colesterol muito alta. Além disso, o seu seguro de vida proíbe categoricamente escolhas perigosas para a sua saúde.
Cliente:
 É  você tem razão! O que você sugere?
Telefonista: Por que o Senhor não experimenta a nossa pizza Superlight, com tofu e rabanetes? O Senhor vai adorar! 
Cliente: Como é que você sabe que vou adorar?
Telefonista: O Senhor consultou o site 'Recettes Gourmandes au Soja' da Biblioteca Municipal,dia 15 de janeiro, às 4h27minh, onde permaneceu conectado à rede durante 39 minutos.
Daí a  minha sugestão... 
Cliente: OK está bem! Mande-me duas pizzas  tamanho família!
Telefonista: É a escolha certa para o Senhor, sua esposa e seus 4 filhos, pode ter certeza.
Cliente
: Quanto é? 
Telefonista: São R$ 79,99.
Cliente:
 Você quer o número do meu cartão de crédito?
Telefonista: Lamento, mas o Senhor vai ter que pagar em dinheiro. O limite do seu  cartão de crédito já foi ultrapassado. 
Cliente: Tudo bem, eu posso ir ao Multibanco sacar dinheiro antes que chegue a pizza.
Telefonista: Duvido que consiga! O Senhor está com o saldo negativo no  banco. 
Cliente: Mas o que é isso ?!!!! Mande-me as pizzas que eu arranjo o dinheiro. Quando é que entregam? 
Telefonista: Estamos um pouco atrasados, serão entregues em 45 minutos.  Se o Senhor estiver com muita pressa pode vir buscá-las, se bem que transportar duas pizzas na moto não é aconselhável, além de ser perigoso...
Cliente:
 Mas que história é essa, quem foi que disse que eu vou de moto? 
Telefonista: Peço desculpas, mas reparei aqui que o Sr. não pagou as últimas prestações do carro e ele foi penhorado. Mas a sua moto está paga, e então pensei que fosse utilizá-la...
Cliente: @#%/§@&?#>§/%#!!!!!!!!!!!!! 
Telefonista: Gostaria de pedir ao Senhor para não me insultar...  Não se esqueça de que o Senhor já foi  condenado em julho de 2006 por desacato em público a um Agente Regional. O senhor não é mais réu primário ...
Cliente:
 (Silêncio)
Telefonista: Mais alguma coisa? 
Cliente: Não, é só isso... Não, espere... Não se esqueça dos 2 litros de Coca-Cola que constam na promoção.
 Telefonista: Senhor, o regulamento da nossa promoção, conforme citado no artigo 3095423/12, nos proíbe de vender bebidas com açúcar a pessoas diabéticas... 
Cliente: Aaaaaaaahhhhhhhh!!!!!!!!!!!
                 Vou me atirar pela janela!!!!!
Telefonista: Grande coisa! Aqui diz que o senhor mora num apartamento térreo! 

(Luiz Fernando  Veríssimo)


terça-feira, 27 de abril de 2010

A uma Passante

A rua em derredor era um ruído incomum,
Longa, magra, de luto e na dor majestosa,
Uma mulher passou  e com a mão faustosa
Erguendo, balançando o festão e o debrum;

Nobre e ágil, tendo a perna assim de estátua exata.
Eu bebia perdido em minha crispação
No seu olhar, céu que germina o furacão,
A doçura que se embala e o frenesi que mata.

Um relâmpago, e após a noite! – Aérea beldade,
E cujo olhar me fez renascer de repente,
Só te verei um dia e já na eternidade?

Bem longe, tarde, além, jamais  provavelmente!
Não sabes aonde vou, eu não sei aonde vais,
Tu que eu teria amado – e o sabias demais!

 BAUDELAIRE, Charles. 

domingo, 17 de janeiro de 2010

Bem vindo 2010!!!

A quase um mês sem aparecer, estamos de volta a ativa. Ano novo e muitas outras coisas novas também, incluindo o emprego. Boas vibrações devem vir por ai se Deus quiser. Mas para iniciar o ano de cara nova, vou tentar dar uma reformulada aqui no blog, começando pelo layout, vamos ver o que dá para mudar para melhor.
Bom por enquanto é isso, desejo a todos que passarem por aqui um ótimo ano de 2010, cheio de novidades e notícias super positivas. É isso beijocas a todos.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Outubro Rosa



Termina neste sábado, (31) o Outubro Rosa, mês em que há mais de 10 anos foi escolhido para representar a luta contra o câncer de mama.
No Outubro Rosa, durante os 31 dias a cor rosa está presente nos eventos que visam alertar a população sobre a importância da mamografia periódica para todas as mulheres com mais de 40 anos e do diagnóstico precoce, ressaltando que o exame mamográfico é o melhor meio para detectar tumores ainda em fase inicial, possibilitando a cura em até 95 % dos casos.
Veja como fazer o auto-exame:


sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O teu bem que me cativa

   Foi numa noite de verão ao ar livre que nossos lábios se encontraram pela primeira vez. Os teus com um toque de álcool parecido com o dos meus. Um momento mágico que guardo na lembrança junto com o cheiro dos teus longos cabelos enrolados cor castanho médio.
   Que noite aquela hein? A legitima para se ter no coração e relembrar para o resto da vida, já que foi ali que nos descobrimos, por mais que inconscientemente, principalmente de sua parte, talvez...
Foi ali que tudo de certa forma começou, e mesmo com os desencontros que vieram depois, agora existe uma união.
   Você é como um pequeno pássaro, que tem medo de voar, mas não se nega a saltar do ninho se for preciso. Eu, uma mariposa apressada para sair do casulo. Sem a mínima consciência da incompleta formação.
  Borboletas e pássaros não combinam no reino animal, mas nós sim, combinamos em tudo, até nas diferenças, que por sinal nunca foram poucas.
   Mas por que falar de você e só de você? Porque você é quem me faz bem com sua voz baixinha, que se transforma muitas vezes em mero um sussurro; com suas atitudes inesperadas, que me surpreende; com sua paciência, que é infinita; com suas histórias que me arrepiam; com sua inteligência que eu admiro; com sua vontade de viver comigo o resto de nossas vidas e com o teu bem que simplesmente me cativa.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Click na palavra comunicação e veja o nosso video.
Comunicaaação

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O neologista



  Sem esperar o próximo movimento do picoluxo ponteiro, um pinguinhozinho caiu na lauda e apareceu o primeiro rabisco. O autor daquela ação era Sorôco, igual ao personagem do conto de Guimarães Rosa, que assim como Guimarães, também é um neologista e constrói palavras que ironizam e disfarçam os significados, fazendo com que os dizeres pareçam não dizer o que dizem.
  Para erigir as testemunhas de suas vivências e andanças, Sorôco explora o cotidiano, a realidade das pessoas, assim encontra e escuta palavras diferentes e pesquisa nas mais antigas novos descobrimentos. Depois faz a fusão entre a diversidade e a origem dos primeiros vocabulários e o total de tudo é a criatividade misturada a uma narrativa, a uma estória, a uma ironia, que qualifica uma forma diferente de levar as mensagens ao receptor.
  Para Sorôco as palavras não precisam ser as mesmas, as mais conhecidas ou apreciadas. Para ele o significante delas deve deixar no papel as interpretações, e o casamento de todas elas juntas, deve deixar uma explicação conforme a mentalidade de cada leitor. Mesmo assim, não se perdem dos seus valores originais e representam a realidade, seja ela qual for, apesar de terem sido inventadas, já que cada homem personagem de uma prosa possui a sua própria luta durante sua existência.
  Assim, o neologista Sorôco, é um homem criador, criador e misturador de línguas, que campeia na realidade a reinvenção de uma nova forma de comunicação. Pois não há sentido em andar pela mesma corda por onde todos andam. O tradicional não precisa ser imitado e sim reajustado e implementado com uma nova invenção que não fuja da realidade e ao mesmo tempo esteja longe dela.
  O inventar é o que difere esse escritor, pois para ele a mesmisse não o classifica como bom e sim apenas como mais um. O seu modelo de linguagem tem pontos expressivos adequados, que estão distantes de toda e qualquer afirmação definitiva. Não há qualquer certeza estabelecida. A não ser a possibilidade de uma linguagem inventiva, esta sim, o fato real que o interessa.

Dayanne do Nascimento - Jornalista/MTB8215PR

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Rodeio Crioulo

Fotos: Dayanne do Nascimento - Jornalista/MTB8215PR

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Caráter é sempre fundamental

Não é incrível como é imensa a quantidade de pessoas medíocres que existem na face dessa Terra. Eu fico indignada toda manhã só de pensar em ter que levantar da minha cama quente para gladiar um espaço no tempo com essas pessoas. É tanta falta de capacidade e caráter juntas, que faz me ter vontade de por as entranhas para fora.
Sei que isso pode estar parecendo um desabado, mas você, é, você mesmo que está gastando seu tempo lendo isso, também já deve ter se esbarrado com um desses personagens por ai. Se não esbarrou ainda, cuidado, porque eles estão em todas as partes. Nos bancos, nas escolas, nas faculdades, nas prefeituras então nem se fala, tem milhares, porque os prefeitos adoram tapar buracos com pessoas desqualificadas, e também, quem melhor do que elas para ajudar no setor público? Não fazem muito e cobram menos ainda.
Mas o que mais me indigna é que tem pessoas que não atuam como prefeito, e são piores ainda porque contratam essas pessoas para trabalhar acreditando que elas vão fazer um bom trabalho. Eu não sei se chamo de idiota ou esperançoso.
Mas coitado mesmo é dos que tem trabalhar com esses miseráveis. E falo dos dois tipos, ou até três, porque se quiser você pode incluir os prefeitos também.
Até quando isso vai continuar, não há como saber, porque além de mau caráter, essas pessoas, temos que admitir, são espertas. Você já percebeu como elas sempre se programam para deixar os seus seguidores?
É, elas enchem o mundo, procriam como coelhos, tudo para continuar a saga dos sem caráter pelo mundo. Pobre dos meus filhos. Acho que nem vou perder dinheiro mandando eles para a faculdade. Do que adianta, depois eles ainda vão ter que disputar salário com esses desqualificados. Porque nós sabemos, aqui no Brasil tudo leva tempo demais para mudar, isso, quando muda.
É, complicado ter que viver numa sociedade assim. Você gasta anos estudando, e pra quê? Para nada, simplesmente, para nada. Veja o meu caso por exemplo. Fiz quatro anos de jornalismo e agora que comecei a atuar na área, os hipócritas do senado resolvem que não é preciso mais diplomação para atuar como jornalista. Á, por favor. Depois o Brasil quer se tornar um país de primeiro mundo. Acho ruim hein. Tá longe. Se continuar aprovando essas leis sem pé e nem cabeça, o que vamos ter futuramente são pessoas sem caráter escravizando as que ainda tem o sonho de receber uma valorização por serem honestas. Resumindo, volta-se no tempo em que índios e negros obedeciam portugueses e fim da história.
Dayanne do Nascimento - Jornalista/MTB8215PR

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

CARINHO...

SOLIDÃO... RESPEITO...

PARTIDA...
MÚSICA...
INOCÊNCIA... DOR...
COMPAIXÃO...

GRAÇA... AMIZADE... ESPERA... ESTRANHO...MELHORES AMIGOS... DIVINO...

quinta-feira, 20 de agosto de 2009


Dia 21 de agosto faz vinte anos que Raul Seixas morreu. O jornalista Mario Lucena, que foi amigo de Raul, lança o livro "Raul Seixas-Metamorfose Ambulante", com revelações sobre os estudos filosóficos do Maluco Beleza. Ele escreveu um artigo onde traça essa trajetória de descobertas e metamorfoses, que se mantêm atuais e com uma nova legião de fãs.

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RAUL SEIXAS - 20 ANOS DE UMA METAMORFOSE

Por Mário Lucena


Raul nasceu para a música. Cantando, preparou-se para a vida. Cresceu ouvindo Elvis Presley e outros grandes nomes do rock. Imitando seus ídolos fez sucesso em Salvador. Comunicava-se por meio da música. Tornou-se compositor. Criou o que chamou de iê-iê-iê realista. Fez sucesso na voz de Jerry Adriani e intérpretes da Jovem Guarda. Mudou-se em 1968 para o Rio de Janeiro e gravou seu primeiro disco. Foi um fracasso. Passou fome e desistiu da empreitada.
Quando voltou ao disco, em 1971, não ofereceu nada pronto ao ouvinte. Sua música questionava a vida e a morte, a existência, o mundo, o certo e o errado. Raul se questionava. Aos 21 anos deu a volta por cima, conseguindo tudo o que um homem comum poderia desejar: carro, apartamento, mulher, filha e emprego de executivo em multinacional. Morava no Rio de Janeiro, uma das cidades mais belas do mundo. Reconhecia tudo isso, mas "não era o que queria" (Eta Vida). Estava infeliz, pois seu querer era a música.
A metamorfose física ocorreu em 1972. Largou o cargo de executivo da gravadora CBS, deixou de lado o paletó e a gravata, deixou crescer cabelo e barba e voltou a imitar Elvis Presley em festival de música promovido pela Globo. Apresentou-se ao Brasil como cantor de rock, mas era muito mais. Outra metamorfose, ocorrida com a leitura de filósofos reducionistas, como Schopenhauer, havia transformado Raulzito em Raul Seixas. Imortalizou-o a sua autenticidade.
Em 1968 citou Schopenhauer na composição Trem 103: Consciente de voltar por onde vim. O trem, a composição, veículo da morte-renascimento, torna-se presença constante em sua obra. Aparece com destaque em 1973 (A hora do trem passar) e em 1974 (Trem das sete). Em 1989, ano de sua morte, Raul expressou o desejo de mudar a direção do trem (Carpinteiro do universo).
Nenhum parceiro, por mais criativo ou influente, desviou-o dos trilhos. Seguiu com coerência os passos da filosofia. Em alguns momentos citou Protágoras, Sócrates, Platão, Sartre, mas as principais fontes foram o hermético Crowley e o pessimista Schopenhauer. Ambos traziam o hinduísmo na veia, herdado por Raul. Na pele de Krishna cantou seu maior sucesso, Gita.
De Crowley, Raul abstraiu a proposta místico-liberal. Levou-a ao público a partir de 1974 como Sociedade Alternativa. Mesmo sem a benção da censura, recitava os versos da Lei de Thelema ou Lei da Vontade (de Crowley e Schopenhauer) em meio ao refrão da Sociedade. A Lei só seria liberada em 1988 e, por sua causa, Raul se viu em apuros: preso, torturado e exilado pela ditadura.
Mosca na sopa é Schopenhauer (Se a mosca, que agora zumbe em torno de mim, morre à noite, e na primavera zumbe outra mosca nascida do seu ovo, isso é em si a mesma coisa). Mas para não deixar dúvida sobre a fonte mais rica, em 1983 pegou do filósofo um trecho do capítulo Morte, do livro Dores do Mundo, para usar em Nuit: Quão longa é a noite do tempo sem limites, comparada ao curto sonho da vida.
Raul era genial no que fazia, e conquistou uma legião de fãs exatamente por não ser egoísta. Compartilhava seu conhecimento sem medo. Tal como um herói mitológico foi ao inferno e voltou várias vezes. Encarnou o niilismo, Sísifo subindo e descendo a ladeira da fama. A angústia de morte era seu tormento. Sofreu à espera da dama de cetim. A morte teria sido triste se não tivesse retornado aos palcos e ao disco em 1989, na companhia de Marcelo Nova, para testemunhar a imortalidade.
Vinte anos após sua morte, Raul resolveu se revelar. Ivan Cardoso faz exposição com fotos inéditas; o produtor Marco Mazzola lança o kit CD + DVD no qual o artista canta gospel; Edmundo Leite, do Estadão, escreve uma biografia completa; Walter Carvalho e Evaldo Mocarzel finalizam o documentário O início, o fim e o meio; a Globo prepara o especial Por toda minha vida; a revista Caros Amigos promete Edição Especial, e a Rolling Stone uma grande matéria; centenas de espaços culturais promovem atividades durante o mês de agosto para lembrar o cometa baiano. Raul está mais vivo do que nunca!
Mário Lucena é editor, jornalista, bacharel em Psicologia e conviveu com Raul Seixas em 1981 e 1982. É autor dos livros: "Raul Seixas - A verdade Absoluta" (2002) e "Raul Seixas - Metamorfose Ambulante" (2009).



sexta-feira, 14 de agosto de 2009



Woodstock - 40 anos



Woodstock foi um daqueles raros momentos que marcam para sempre toda uma geração, mudam comportamentos. Quem estava lá, não esquece. Foi uma época de experimentação, de cores fortes e de música boa e alta.

Agosto de mil 1969: o mundo nunca mais se esqueceria daqueles três dias. O festival de Woodstock reuniu a geração psicodélica, da paz e do amor livre, das drogas alucinógenas. Quase meio milhão de jovens em um protesto no estilo hippie contra a Guerra do Vietnã.

No palco, as lendas do rock and roll. O festival que entrou para a história não aconteceu em Woodstock. A população da cidade temia que a multidão provocasse estragos. A escolha dos jovens organizadores foi uma fazenda em Bethel, um local pacato a quase três horas de distância do lugar original.

Um monumento marca o local exato onde aconteceu o festival de Woodstock, onde estão registradas todas as bandas que tocaram nos três dias. Por ser tudo aberto, o som era ouvido até por quem nem enxergava o palco, a muitos quilômetros de lá.

Hoje toda a memória do festival está guardada no Museu de Bethelwoods. Ele é o arquivo daquele verão, no fim de uma década histórica. A televisão já tinha mostrado o homem pisando na Lua pela primeira vez. Mas os cabeludos que abominavam a guerra, que protestavam pela paz embalados pelo rock and roll, também chocaram o mundo. Está tudo registrado em fotos, vídeos e lembranças.

Michelle, diz que, aos 17 anos, nunca tinha visto pessoas nuas andando para todo lado como viu em Woodstock. Mas se acostumou logo e nunca se esqueceu de como todos dividiam comida, cobertores, abrigo.

O ex-policial confirma que aconteceu de tudo, menos violência. Ele conta que era um dos que tentavam, sem sucesso, desviar o trânsito e desafogar as estradas engarrafadas. Não viu o show, mas, sem saber, fez parte da história.

O diretor do museu mostra um pedaço da cerca original, quebrada pela multidão que invadiu a fazenda e entrou sem pagar. O museu conseguiu recuperar dois tipos de transporte que foram usados para chegar a Woodstock: um fusca pintado com o slogan da época, "Faça amor, não faça a guerra"- e um ônibus escolar, totalmente psicodélico, que as comunidades hippies usavam para viajar. Muitos deles serviram de casa e abrigo da chuva durante os três dias de festival. Embarcar no ônibus é um convite para conhecer detalhes sobre tudo que aconteceu em Woodstock.

Depois daquele verão o espaço sideral ficou mais perto, a Guerra do Vietnã acabou, mas surgiram outras. O mundo perdeu um pouco da cor. Quem nasceu depois de Woodstock talvez não entenda o valor da geração que pregou a paz e o amor, mesmo que o mundo não tenha aprendido toda a lição.

Fonte: Bom Dia Brasil

quinta-feira, 30 de julho de 2009


Nem nós escapamos

A jornalista Sandra Annenberg - âncora do "Jornal Hoje", da TV Globo - foi vista, na última quarta-feira (22), usando máscara protetora no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro (RJ). O fato foi registrado por usuários do local e levantou a hipótese de que a apresentadora pudesse estar com o vírus Influenza A (H1N1), a gripe suína.
Segundo a Central Globo de Comunicação, a Sandra apresentou sintomas de gripe e, a pedido do Ministério da Saúde, foi realizar exames para o vírus da gripe suína. A jornalista aguarda o resultado em casa e está de licença do telejornal que apresenta ao lado de Evaristo Costa até seu restabelecimento.
Redação Portal IMPRENSA - Divulgação/TV Globo

quarta-feira, 29 de julho de 2009

O que são os jornalistas?

Os jornalistas são os deuses mal pagos. Na visão de todos devemos saber tudo sobre tudo. Nós, jornalistas, temos obrigação de saber se determinada palavra é escrita com “s”, dois “s”, “c” ou ainda “ç”. A concordância da frase, a conjugação do verbo, a história do Brasil, o relevo do município em que nasceu Aleijadinho, a raiz quadrada de sete. Somos obrigados a saber sobre trigonometria, física, química e aritimética. Temos que saber um pouco de francês, alemão, italiano, libanês. Como diria o velho ditado popular “Somos pau pra toda obra”. Se tu duvidas exponha seus questionamentos a um jornalista, que ele irá responder.
No meio disso tudo já estava esquecendo de dizer que jornalismo na verdade é uma arte. A arte de contar a realidade com grafia correta e de forma atrativa.
A arte de mostrar como o mundo é feito. Dessa forma, mostramos as pessoas boas e as más, as desigualdades e as facilidades, a fome e a abundância. Vivemos flutuando em um mar de antíteses chamado sociedade.
E por isto somos constantemente vítimas das metáforas da vida. Ser jornalista é, na realidade, ser um artista. Um artista que pinta a realidade com palavras, a manipula da forma que lhe convir. Ser jornalista é ser um deus esfomeado.

por Keltyn Emanuele Lourenço - jornalista.

O que se aprende de pequeno, não se esquece de grande


Aposentado encontra na fabricação de balaios e cestas a alegria de viver


O aposentado Mario de Oliveira Lima, de 85 anos, aprendeu a fazer balaios aos 16 anos com o seu padrinho. Na época ele morava no Estado do Rio Grande do Sul e ajudava na fabricação dos balaios de vime, usados antigamente para a colheita das uvas.
Agora na terceira idade e muitos anos sem fabricar os balaios, o aposentado passou a enfrentar alguns problemas de saúde, o que o incentivou a retornar o que aprendeu na adolescência, como forma de descontração. Ele conta que o trabalho lhe faz bem e que não é tanto pelo dinheiro que ganha, mas sim pela alegria que sente em poder trabalhar com algo que aprendeu quando era jovem.
O material usado na fabricação dos balaios por seu Mario, hoje em dia já não é mais o vime. Ele encontrou um material que além de ajudar a natureza, para ele não tem custo nenhum, e são fitas de plástico usadas para amarrar os compensados e as chapas de MDF, as quais o aposentado ganha das empresas que trabalham com esse tipo de material. “As empresas fazem questão de me dar às fitas, porque se eles queimarem estarão poluindo o meio ambiente. Um dia vi as fitas e pensei que poderia fazer os balaios com elas e como não queria ficar parado e ter novos problemas de saúde, comecei fabricar eles de novo”, explica o aposentado.
A fita usada na fabricação é a prova de água e fácil de lavar. Por isso os balaios podem ser deixados na chuva que não estragam. “Esse é um material que as pessoas guardaram para o resto da vida. O balaio vai servir para os pais, para os filhos e até mesmo para os netos e bisnetos”, ressalta.
O aposentado conta que começou a fazer os balaios e percebeu que as pessoas gostavam do seu trabalho, então passou a fabricar vários tipos de balaios e cestas. Hoje ele vende de vários modelos e tamanhos. Tem os que servem para guardar as roupas sujas e os que os agricultores usam para lavar alimentos e colher milho, os quais são de tamanhos maiores. Tem ainda os que as crianças guardam os brinquedos, que tem um cabinho especial para o transporte, além dos que servem como lixeiro para as empresas.
As cestas também são de modelos diversificados, como as pequenas, que servem para guardar os grampos de roupa, e as maiores, estilo piquenique, onde se podem guardar frutas. Para o Natal seu Mario criou um novo modelo, as cestinhas que as pessoas enfeitam com doces e dão de presente para as crianças. Além das cestas e balaios, ele também empalha com a mesma fita plástica, cadeiras de madeira.
Em média o aposentado que trabalha sozinho, chega a fazer por dia três balaios. Dentro de um mês faz de 10 a 15. Dependendo do mês, chega a ganhar até R$ 300,00 com a produção.
Ele explica que os mais complicados de fazer são as cestas de guardar frutas, porque elas têm os acabamentos arredondados. No entanto, são as mais vendidas junto com os balaios de por roupa suja. Os valores dos produtos vão de R$ 1,00, a cesta pequena a R$ 10,00, o balaio grande.

Dayanne do Nascimento - Jornalista/MTB8215PR

domingo, 26 de julho de 2009

Cora Coralina

Nas palmas de tuas mãos
leio as linhas da minha vida.
Linhas cruzadas, sinuosas,
interferindo no teu destino.
Não te procurei, não me procurastes –
íamos sozinhos por estradas diferentes.
Indiferentes, cruzamos
Passavas com o fardo da vida...
Corri ao teu encontro.
Sorri. Falamos.
Esse dia foi marcado
com a pedra branca
da cabeça de um peixe.
E, desde então, caminhamos
juntos pela vida...

quarta-feira, 22 de julho de 2009

E porque não dissemos nada?

Na primeira noite
eles se aproximam
e colhem uma flor
de nosso jardim.
E não dizemos nada.

Na segunda noite,
já não se escondem :
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.

Até que um dia,
o mais frágil deles,
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a lua, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz
da garganta.

E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada.

Maiakovisky